Durante o Ignite 2017, um dos maiores eventos organizados pela empresa para apresentação de produtos e serviços, a Microsoft fez uma série de anúncios para o mercado de TI corporativa. De acordo com o Business Insider, a Microsoft está usando o evento para oficializar o lançamento de algumas tecnologias altamente aguardadas — uma série de softwares e serviços voltados para a Nuvem. Ainda de acordo com a matéria, os lançamentos são protagonizados pelo SQL Server 2017 (agora compatível com Linux), uma ferramenta de migração de bancos de dados Oracle, e o Azure Stack.
O Azure Stack
Em maio/2015, a Microsoft anunciou o Azure Stack. A solução é uma plataforma de Nuvem híbrida, consistente com a Nuvem pública do Azure. O que ele faz, na prática, é rodar uma versão do Azure no seu próprio datacenter, incluindo IaaS e serviços de PaaS. Em julho/2017, parceiros em escala global da Microsoft, como Dell EMC e Lenovo, receberam o Azure Stack para incorporação em suas soluções. O Azure Stack vem como uma forma de habilitar, de uma maneira clara e eficiente, o uso de Nuvem privada e híbrida. Boa parte das soluções que existem hoje no mercado, voltadas para a criação e administração de Nuvens privadas e híbridas, são na verdade ferramentas tradicionais de gestão de TI. Essas ferramentas evoluíram para suportar também os ambientes com ativos de TI que não estão disponíveis localmente. E é aqui onde mora a diferença do Azure Stack: ele é uma solução pensada para a administração da TI na Nuvem, e apenas nela.
O Azure Stack entrega várias vantagens já conhecidas do próprio Azure. Desenvolvedores podem aproveitar-se do fato de que as APIs são idênticas as do Azure. Isso permite, por exemplo, que aplicações criadas em código aberto ou em .NET executem facilmente em ambiente local ou em Nuvem pública.
Para os profissionais de TI
Para os profissionais de TI, o Azure Stack significa uma rotina de TI bastante simplificada. Os recursos do datacenter local podem ser transformados em serviços Azure de IaaS ou PaaS, usando as mesmas ferramentas de gerenciamento e automação que a Microsoft utiliza para operar o Azure, como é dito neste artigo. Isso permite que os profissionais possam oferecer serviços para o negócio de maneira mais rápida e eficiente, ao mesmo tempo em que administram as necessidades da governança corporativa. No evento, houve uma demonstração de novos recursos para o Azure, e encontramos alguns que são muito bem-vindos para as rotinas de qualquer setor de TI:
- Suporte a CLI e Powershell: não é exatamente uma novidade para o Azure, porém esse suporte agora está disponível diretamente no portal de gerenciamento, mesmo que seja acessado por um smartphone;
- Monitoramento e log: o monitoramento foi ampliado, com um dashboard de indicadores de visualização melhorada. É possível ainda construir, através de scripts, gráficos personalizados para qualquer indicador desejado;
- Recuperação de desastres: agora é possível realizar o teste de um site de backup para verificar a integridade deste site com apenas dois cliques, mantendo o site de produção online.
Para o Negócio
Para o negócio, a única diferença que existe entre o Microsoft Azure e o Azure Stack é a quantidade de processamento e storage disponíveis. Assim, habilitar um cenário de Nuvem híbrida, que suporte os ativos que estejam no Azure e on-premises, torna-se muito mais fácil. Além disso, a Microsoft continua a adicionar serviços e conteúdos que adequam-se aos mais diferentes cenários. Estão disponíveis várias imagens de sistemas operacionais, incluindo opções de código aberto, como o Ubuntu. Ainda, é possível encontrar no GitHub diversas aplicações e componentes, que são também compatíveis com o Azure Stack. No fim das contas, a Microsoft facilita com esse lançamento a Jornada para a Nuvem. Criar um ambiente de Nuvem privada, que se comporta como uma Nuvem de fato, é algo que nenhum dos seus competidores possui.
A Jornada para a Nuvem
Apesar de ser uma tecnologia que é apontada como um dos grandes diferenciais dos datacenters nos próximos anos, o uso de infraestrutura na Nuvem ainda não é uma regra nos parques tecnológicos. Não é para menos: a adoção de Nuvem leva em consideração diversos aspectos operacionais e de negócio, para que seja uma mudança bem-sucedida. As dúvidas são tantas, que aqui na Lanlink nós gravamos um webinar apenas sobre a adoção de Nuvem, apresentado por um de nossos especialistas, Richardson Porto: