Institucional
Há cerca de 18 anos atrás, Bill Gates escreveu um livro chamado "A Empresa na Velocidade do Pensamento". O livro trazia como abordagem principal a economia global e a tecnologia, através da infraestrutura digital e da Internet. No decorrer do livro, Gates fez 15 previsões que na época pareciam muito ousadas, para não dizer ficção científica. No entanto, nos dias de hoje, elas se revelam muito acertadas. A seguir listamos todas as previsões que Gates fez em 1999 — e como hoje elas são:
Visão de Bill Gates: "Serviços de comparação de preços automatizados serão desenvolvidos, permitindo às pessoas visualizarem preços em múltiplos sites, tornando mais fácil encontrar o produto mais barato para todas as indústrias."O que temos hoje: Uma rápida pesquisa do Google sobre um produto já retorna os preços em lojas online. O mesmo acontece com categorias de produtos. Aqui no Brasil, já temos há muitos anos o Buscapé fazendo uma comparação ainda mais profunda.
Visão de Bill Gates: “As pessoas irão levar consigo pequenos dispositivos que permitem a elas estarem conectadas constantemente e fazer negócios eletrônicos onde quer que estejam. Elas poderão ver notícias, ver os voos que agendaram, ter informações sobre os mercados financeiros, e fazer qualquer outra coisa nestes dispositivos. ”O que temos hoje:Smartphones, tablets e tecnologias vestíveis.
Visão de Bill Gates: “As pessoas irão pagar suas contas, cuidar de suas finanças, e conversar com seus médicos através da internet. ”O que temos hoje: Recentemente, uma pesquisa indicou que o mobile banking tornou-se o canal preferido dos brasileiros para fazer o uso do banco, como mostrado nessa matéria. Existem diversos aplicativos e serviços que fazem o gerenciamento das finanças pessoais, usando o poder da Nuvem. As soluções de medicina ainda não são massificadas como as anteriores. No entanto, já existem casos como o do Reino Unido, onde o uso de telemedicina e monitoramento remoto permitiram uma redução de 42% nas internações de idosos, de acordo com estudo da Coalizão Saúde.
Visão de Bill Gates: “Serão desenvolvidos ‘companheiros pessoais’. Eles vão se conectar e sincronizar todos os seus dispositivos de forma inteligente, seja eles em casa ou no escritório, e permitir que eles troquem dados. O dispositivo verificará seu e-mail ou notificações e apresentará as informações que você precisa. Quando você vai à loja, você pode dizer quais receitas você deseja preparar e gerará uma lista de ingredientes que você precisará pegar. Ele informará todos os dispositivos que você usa nas suas compras, permitindo que eles se ajustem automaticamente ao que você está fazendo. ”O que temos hoje: Google, Microsoft, Amazon e Apple possuem assistentes virtuais embarcadas em dispositivos que conversam entre si e permitem o controle total das residências equipadas. Existem empresas que produzem casas modulares com foco total em automação, como podemos ver neste vídeo do The Verge:
Visão de Bill Gates: “Feed de vídeo contínuo das residências serão comuns, informando quando alguém visitar a sua casa enquanto você não estiver nela. ”O que temos hoje: Já existe algum tempo que monitoramento residencial não é nenhuma novidade, com câmeras IP sendo facilmente compradas no mercado.
Visão de Bill Gates: “Sites privados para seus amigos e família serão comuns, permitindo conversas e planejamento de eventos. ”O que temos hoje: Facebook, Instagram, WhatsApp, Twitter... As redes e mídias sociais existem para vários propósitos diferentes.
Visão de Bill Gates: “Software que sabe quando você reservou uma viagem e usa esta informação para sugerir atividades no local de destino. Ele sugere atividades, descontos, ofertas e preços baixos para todas as coisas que você quer participar. ”O que temos hoje: Hoje, é possível fazer planejamento de viagens com o Google Trip, disponível para smartphones. Além disso, sites especializados como o Trivago oferecem opções rápidas para encontrar hospedagem. O Airbnb oferece ainda uma opção para aluguel de residências como forma mais barata de hospedagem, que vem mexendo bastante com esse mercado.
Visão de Bill Gates: “Ao assistir a uma competição esportiva na televisão, os serviços permitirão que você discuta o que está acontecendo ao vivo, e entre no concurso onde você vota sobre quem você acha que vai ganhar. ”O que temos hoje: Muitas redes sociais permitem isso, mas o Twitter é o grande destaque —basta acessar as trending topics em dias de jogos para entrar nas discussões.
Visão de Bill Gates: “Dispositivos terão publicidade inteligente. Eles saberão suas tendências de compra, e irão mostrar publicidade de acordo com as suas preferências. ”O que temos hoje: Basta olhar os anúncios de Facebook e Google. Em geral, os serviços de publicidade online funcionam dessa forma, onde anunciantes miram os usuários baseados em seus históricos, interesses e padrões de compra.
Visão de Bill Gates: “Transmissão de TV irá incluir links para sites relevantes e conteúdo complementar ao que você está assistindo. ”O que temos hoje: Boa parte dos comerciais de TV incluem CTAs (Call-to-action, chamadas para ação) que são links de sites, redes sociais ou QR codes. No YouTube, isso vai além: os links são totalmente interativos, bastando um clique para prosseguir.
Visão de Bill Gates: “Residentes de cidades e países poderão ter discussões através da internet sobre problemas que lhes afetem, como política local, planejamento urbano ou segurança. ”O que temos hoje: A maioria dos sites de notícias hoje possuem seções de comentários onde os usuários podem discutir sobre estes assuntos, além de fóruns dedicados. As redes sociais, cada vez mais, têm virado um espaço de representação política para a maioria das pessoas. Esse fenômeno tem sido observado desde a Primavera Árabe, além da ascensão de movimentos sociais de amplo espectro.
Visão de Bill Gates: “Comunidades online não serão influenciadas pela sua localização, mas sim pelos seus interesses. ”O que temos hoje: Todos os tipos de sites de notícias e comunidades online focam em tópicos particulares. Outros tipos de sites verticalizaram esses tópicos, oferecendo um espaço comum, porém com separações entre temas. O Reddit é o exemplo mais claro desse tipo de serviço.
Visão de Bill Gates: “Os gerentes de projetos que procuram juntar uma equipe poderão entrar em linha, descrever o projeto e receber recomendações para pessoas disponíveis que atendam aos requisitos. ”O que temos hoje: A quantidade de softwares existentes para esse tipo de finalidade é gigantesca. O Microsoft Project, Trello e o Todoist são exemplos claros desse tipo de software, que se adequam a realidade de cada organização que decide usá-los.
Visão de Bill Gates: “De maneira similar, pessoas procurando por emprego irão encontrar oportunidades de trabalho ao declarar seus interesses, necessidades e especialidades. ”O que temos hoje: O LinkedIn é o maior exemplo desse tipo serviço. As pessoas podem fazer o upload de seus currículos e encontrar empregos baseados em interesses e necessidades De forma similar, recrutadores podem procurar talentos baseados em suas especializações.
Visão de Bill Gates: “As empresas poderão oferecer empregos, seja buscando um projeto de construção, de produção de filmes, ou uma campanha publicitária. Isso será eficiente tanto para as grandes empresas que querem terceirizar o trabalho que eles não fazem, quanto para empresas que procuram novos clientes e corporações que não possuem um fornecedor para o serviço. ”O que temos hoje: muitos softwares empresariais são focados em aspectos sociais, de forma que os usuários podem chegar a outras empresas e iniciar uma conversa que possa levar a projetos maiores diretamente dentro da aplicação. A chamada "Economia Gig", com sites como o Upwork, permite que as grandes empresas se conectem facilmente com designers, escritores ou engenheiros freelancers para fazer o trabalho que procuram terceirizar. Texto adaptado do artigo original "Bill Gates made these 15 predictions in 1999 — and it's scary how accurate he was", publicado no Business Insider.
Infraestrutura
O Furacão Irma, que atingiu neste final de semana os Estados Unidos, surgiu no final de agosto, na costa africana. No entanto, ele começou a causar estragos quando chegou à ilha de Barbuda, na região do Caribe.Classificado como um furacão de categoria 5, na ocasião, pelo NHC (sigla em inglês para Centro Nacional de Furacões), o Irma atingiu a ilha de Barbuda com ventos que alcançaram os 295 km/h.Neste domingo, o Irma, agora na categoria 4, chegou ao sul do estado americano da Flórida com ventos de cerca de 215 km/h. No total, as autoridades americanas ordenaram que 6,3 milhões de pessoas deixassem as suas casas na Flórida. Em um paralelo com o Brasil, seria o mesmo que evacuássemos totalmente as cidades de: Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Recife (PE) e Curitiba (PR). Imaginem essa megaoperação de logística.
Como tenho familiares nos EUA, entrei em contato para obter notícias sobre a sua segurança. Fiquei impressionado com a tranquilidade deles. Minha irmã informou que diversas ações já tinham sido tomadas pelas autoridades, governo e iniciativa privadas (todas interligadas), dando um show de organização e civilidade, por exemplo: Hotéis abriram suas redes wi-fi gratuitamente, companhias aéreas baixaram tarifas, todos juntos no intuito de apoiarem o plano de evacuação.As ações não pararam por aí, a rede elétrica foi desligada pela manhã e aqueles que estavam em suas casas, estavam com comida, água e baterias em estoque. Algumas casas que estavam em área de risco foram desocupadas, e mesmo com a possível ameaça, a população estava informada e dentro do possível, tranquila por confiar nas ações.
Depois dessa conversa, lembrei de alguns projetos que executei de SGCN (Sistema de Gestão de Continuidade de Negócios) e PCN (Plano de Continuidade de Negócios) e fiquei bastante impressionado. Não é fácil desenvolver um projeto do tipo, e ainda mais difícil colocar em prática algo tão grande.
Como popularmente falamos que “Deus é Brasileiro”, nosso país está localizado em uma área geográfica que nos permite menor risco a desastres naturais. Mas não por isso devemos deixar de trabalhar em prol da continuidade das nossas operações.No âmbito de TI, possuímos algumas normas que nos apoiam quando precisamos tratar de continuidade das operações. Vamos detalhar um pouco mais neste artigo sobre elas:
Primeiramente, é necessário contextualizar que o PCN (Plano de Continuidade de Negócios) e seus subplanos fazem parte de um processo de GCN (Gestão de Continuidade de Negócios) que são mantidos sob um SGCN (Sistema de Gestão de Continuidade de Negócios). Tentando simplificar, abusando da metáfora (correndo o risco de ser infame); o PCN seria como os ossos e os órgãos; o GCS os sistemas (sanguíneo, nervoso, etc), e o SGCN, seria o cérebro e a alma que iriam manter esse “sistema vivo”.Na prática, em via de regra, um PCN é estruturado em quatro subplanos menores, ligados entre si e cada qual para um estágio diferente. São eles:
Planos de Continuidade de Negócios devem incluir várias ações preventivas, como backup em sites diferentes[/caption]Dessa forma, o Plano de Continuidade de Negócios tem como finalidade central criar normas e padrões para que, em situações adversas, as empresas possam recuperar, retomar e dar prosseguimento aos seus mais cruciais processos de negócio, evitando que eles sofram danos mais profundos ao invés de provocarem perdas.
A Gestão de Continuidade de Negócios (GCN) é o processo de alcançar a continuidade do negócio e trata a preparação de uma organização para lidar com incidentes de interrupção que poderiam impedi-la de atingir seus objetivos.Colocar a GCN dentro de uma estrutura e disciplinas de um sistema de gestão cria um Sistema de Gestão de Continuidade de Negócios, que permite que a GCN possa ser controlada, avaliada e melhorada continuamente.
Sendo assim, um SGCN cria e mantém atualizados e disponíveis os planos e procedimentos necessários para uma recuperação efetiva, minimizando os impactos, transformando a continuidade como algo vivo nas organizações. Em nosso dia a dia, diversos eventos podem causar interrupções não programadas nos processos de negócio, trazendo impactos devastadores às organizações, como prejuízos financeiros e fiscais, paradas de produção, exposição de imagem na mídia, perda de credibilidade junto a seus clientes e acionistas.O SGCN é um padrão mundial mais abrangente para a continuidade, definido pelas normas ISO 22301 e ISO 27301, com apoio das melhores práticas da DRI (Disaster Recovery Institute International), BCI (Business Continuity Institute) e BSI (British Standards Institution). Além de definir os processos tradicionais de GCN, acompanha e analisa a eficiência destes programas, possibilitando o seu alinhamento com os objetivos e metas corporativos, envolvendo todos os stakeholders que participam ou são impactados por este sistema, criando assim um ciclo de melhoria contínua.
A resposta a um evento ou incidente requer a mobilização de toda a organização. Essa resposta precisa vir de forma estruturada, rápida e concisa, para diminuir ou evitar os impactos negativos.O evento recente do Furacão Irma mostra o quanto as autoridades norte-americanas foram eficientes em seus planejamentos para desastres. Esses planejamentos vêm de longa data. O Weather Underground mantém em seu site dados das principais tempestades que atingem os EUA. Neste arquivo, são listados os 30 furacões mais mortais, de 1851 até 2016.
Furacões mais mortais dos EUA, por Weather Underground[/caption]Podemos notar que, com exceção do Katrina, 2005, o número de mortes relacionadas aos furacões tem diminuído gradualmente. E com o Irma não está sendo diferente: apesar de ainda não termos números definitivos, até a data da publicação deste artigo foram contabilizadas 6 mortes relacionadas ao furacão.Sendo assim, podemos aprender muito com o Furacão Irma e com todas as ações proferidas pelos norte-americanos, claro em magnitudes diferentes, mas não menos importantes, trazendo para a nossa realidade dentro das organizações, pois toda a sinergia, profissionalismo, comunicação e rapidez na execução das ações, trouxeram grande sucesso, evitando uma catástrofe de proporções históricas.Vladimir Nunan é Gerente de Marketing na Lanlink. Além disso, é membro do “Field Advisory Board (FAB)”, conselho sobre Field Support do HDI no Brasil é formado pelos gestores das principais operações de Service Desk do Brasil.
Produtividade
Como nós já sabemos, os serviços de computação em Nuvem oferecem uma grande variedade de modelos de entrega. Essa variedade permite que os negócios possam encaixar a Cloud Computing de acordo com os seus planos estratégicos, aumentando a eficiência dos negócios. Dentre todos os modelos de Cloud, o que atualmente tem maior destaque no mercado nacional é o SaaS. De acordo com esta matéria do Canaltech Corporate, aproximadamente 92% da oferta de Nuvem no Brasil hoje é atendida exclusivamente através desse modelo.Ainda de acordo com a matéria, um dos principais mercados que tem adotado SaaS é o setor financeiro. Isso se explica pela grande diversidade de soluções que o mercado oferece em softwares de gestão financeira. Desde gigantes como Microsoft até empresas menores, há uma disponibilidade interessante desse tipo de aplicação.Mas por que esse é o modelo de entrega mais adotado? O que faz com que as empresas procurem soluções em SaaS ao invés das soluções mais tradicionais? Veja alguns dos fatores que mais contribuem para o sucesso do SaaS, e porque você deveria considerar a adoção desse tipo de solução na estratégia do seu negócio.
De acordo com a pesquisa Brazil SaaS Landscape 2017, mais de 60% das empresas avaliadas recuperam o seu CAC (Custo de Aquisição por Cliente) em um período menor que 6 meses. Para se ter uma ideia, no mercado norte-americano, esse período é de 12 meses em média.
O mercado brasileiro para Startups e PMEs possui várias peculiaridades quando comparado com outros mercados. Aqui, as empresas precisam ter uma eficiência financeira muito grande para conseguir sobreviver, uma vez que o financiamento de novos negócios não é tão facilitado quanto nos EUA. De fato, a pesquisa aponta que 71% das empresas de SaaS são totalmente boostrappeds (ou seja, nunca fizeram nenhuma rodada de investimentos, com capital girando exclusivamente do próprio negócio).As condições do mercado nacional empurram as organizações na direção de maximizar a eficiência dos seus negócios. Estas empresas acabam adotando SaaS como uma forma de conseguir essa eficiência. Os próximos pontos ilustram bem porque os SaaS entregam esses resultados.
Apesar de já termos registrado aqui no nosso blog sobre essa característica, não custa lembrar. Os custos de aquisição podem ser substancialmente reduzidos com a adoção de soluções de SaaS. Uma vez que os custos com as licenças de aquisição são eliminados, sendo substituídos por assinaturas, a aquisição torna-se mais barata e incorporada aos custos fixos. Além disso, é eliminada a necessidade de aquisição de hardware específico para as aplicações.
Resumidamente: soluções em SaaS permitem uma grande redução do CAPEX (CAPital EXpenditure, os investimentos em Bens de Capitais).
Outra característica interessante está relacionada aos custos de manutenção. Em um cenário tradicional, existe um custo relacionado à manutenção dos servidores e das aplicações, relacionado a custo com pessoal e licenças. Como no modelo SaaS o provedor da solução é o responsável pela manutenção da aplicação, estes custos já estão incluídos nas assinaturas dos serviços. Em outras palavras, ganhamos com redução de OPEX (OPerational EXpenditure, as despesas operacionais em investimento e manutenção de equipamentos).Ainda temos a vantagem das integrações com outros softwares e serviços serem facilitadas. Hoje em dia, temos bons exemplos de aplicações que conversam com soluções de terceiros sem maiores preocupações. Muitos fornecedores disponibilizam integrações fáceis com outros softwares, e a maioria deles disponibiliza também APIs que permitem integrações mais aprofundadas. Com isso, uma maior eficiência operacional pode ser alcançada.
As aplicações como serviço também oferecem uma grande vantagem quando comparadas com aplicações on premises (baseadas em infraestrutura de TIC local): as atualizações e adição de novos recursos são de inteira responsabilidade do provedor da aplicação. Desta forma, não há necessidade das conhecidas paradas dos setores de TI para a aplicação de novas funcionalidades ou atualizações de segurança. As empresas que usufruem das aplicações têm a garantia de que estão usando sempre o software mais atualizado, e com todas as funcionalidades mais recentes que contratarem.
A produtividade das organizações experimenta um salto quando adotam soluções de SaaS. As aplicações já não dependem mais de sofwares instalados localmente, bastando uma conexão com a internet e um browser compatível para que a aplicação funcione.
Assim, quebramos a velha barreira do escritório: não há mais a necessidade de estar dentro do ambiente da organização para acessar a aplicação. Funcionários que estejam trabalhando em viagem, por exemplo, podem acessar informações de maneira segura, mesmo que estejam a milhares de quilômetros de distância.
Como vemos, a adoção de soluções SaaS ajuda a encontrar a eficiência financeira através de melhorias no CAPEX e OPEX. Eficiência esta, que no nosso mercado, é crucial, ainda mais se pensarmos em nosso cenário atual de crise econômica.As organizações que desejam dar seus primeiros passos para a Nuvem encontram nos modelos de SaaS uma ótima porta de entrada para a jornada da Transformação Digital. Transformação essa que, inclusive, vem sendo apontada como uma das mais importantes tendências para as estratégias de negócios. Mas a Nuvem é muito maior que o SaaS. Veja neste outro artigo como funcionam as Plataformas como Serviço (PaaS).
Central de Serviços
Por muitos anos, algumas organizações puderam continuar seus negócios, ainda que tivessem pouco apoio da Tecnologia da Informação (TI). Hoje, a realidade é diferente: a Tecnologia da Informação é um fator crítico de sucesso para a organização. Em muitos casos, acaba sendo seu diferencial competitivo no mercado. Existem determinados ramos de negócio onde é quase impossível imaginá-los sem o apoio da TI.A TI hoje é um parceiro estratégico e faz parte do negócio. Atualmente as decisões sobre os investimentos em TI são tratadas nas reuniões de planejamento estratégico pelo conselho administrativo da empresa. Não é mais possível tratar a TI isoladamente. A TI deixou de ser tratada por técnicos e passou a ser incorporada na estratégia da empresa para alcançar seus objetivos.Em virtude deste cenário, a TI aparece com grande importância para o negócio da empresa. Vários frameworks e melhores práticas foram adotados, buscando a otimização de seus processos, redução de custos e riscos.
Com a maturidade, o setor de suporte evoluiu e o Service Desk tornou-se uma importante solução para a construção do conceito de gerenciamento de serviços. Além de ser o responsável pelo gerenciamento de todos os incidentes e requisições de serviço, estabelece um ponto de contato entre os usuários finais e a TI. Por este motivo, é preciso entender que a melhoria do serviço prestado através da estruturação de um Service Desk reflete diretamente na percepção de valor da TI, afinal, os usuários baseiam grande parte de suas percepções nas interações com o Service Desk.O Service Desk promove, assim, maior acessibilidade à TI pelos usuários. Sendo assim, possuir um Service Desk é um caminho sem volta: quem ainda não possui um, está em processo de planejamento e implantação.
Os benefícios da estruturação do Service Desk vão além da percepção de valor pelo usuário. A estrutura de suporte fornece inputs para gerenciamento e organização de toda a área de TI. Dentre eles, podem ser destacados a melhoria no gerenciamento, o controle da infraestrutura e os processos envolvidos na padronização do atendimento.Entretanto, para que esses benefícios sejam de fato alcançados, é necessário que a TI desenvolva algumas iniciativas de estruturação interna que consistem em fatores críticos para o sucesso de implementação do Service Desk.Os consultores e as empresas especialistas desenvolveram diversos modelos que ajudam ao desenvolvimento de um Service Desk. Mas, ao meu ver, um aspecto ainda não foi tratado com o devido grau de importância: A Segurança da Informação.Se o seu Service Desk será o ponto único de contato e seu catálogo de serviços disponível aos usuários, será que essa padronização não traz um risco? As informações estarão centralizadas e um único ataque, pode disponibilizar acesso a todas as informações.
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Créditos da imagem: Wired[/caption]Vocês lembram do Edward Snowden? Ele é um analista de sistemas, ex-administrador de sistemas da CIA e ex-contratado da NSA. Tornou-se conhecido por tornar públicos detalhes de vários programas que constituem o sistema de vigilância global da NSA. A revelação deu-se através dos jornais The Guardian e The Washington Post, dando detalhes da Vigilância Global de comunicações e tráfego de informações. Vários Programas eram responsáveis por essa vigilância, entre eles o programa de vigilância PRISM dos Estados Unidos. Em reação às revelações, o Governo dos Estados Unidos fez diversas acusações de crimes. Entre elas, roubo de propriedade do governo, comunicação não autorizada de informações de defesa nacional e comunicação intencional de informações classificadas como de inteligência para pessoa não autorizada.Em junho de 2013, Edward Snowden, falando de seu trabalho para a NSA e dos motivos por que decidiu correr os riscos de revelar a existência dos programas de vigilância e espionagem mundial, disse:
"Eu sou apenas mais um cara que fica lá no dia a dia em um escritório, observa o que está acontecendo e diz: Isso é algo que não é para ser decidido por nós; o público precisa decidir se esses programas e políticas estão certos ou errados."
Acusado de espionagem nos Estados Unidos, o técnico em informática, que se refugiou na Rússia, poderá ser condenado a 30 anos de prisão em seu país. Condenado por roubar e divulgar documentos secretos, que revelaram programas de espionagem de uma amplitude insuspeita até então.
Este caso é um dos maiores escândalos de vazamento de informações a nível mundial. Não foi feito por um espião ou um terrorista, mas por um simples analista de TI. Se olharmos para nossa organização, quantos analistas de TI possuem acessos privilegiados e irrestritos ao ambiente, sistemas e informações? Quantas contas estão compartilhadas, dificultando a aplicação de responsabilidade? Dificilmente a TI possui segregação de funções, integridade das trilhas de auditoria e transparência. Para piorar, a Virtualização e a Nuvem são vertentes mundiais, que podem potencializar os problemas.
A segurança da informação precisa ser estabelecida e tratada. É a proteção de um conjunto de informações, no sentido de preservar o valor que possuem para uma organização. Características básicas como confidencialidade, integridade, disponibilidade e autenticidade, precisam ser discutidas no âmbito estratégico e trazidas para dentro do Service Desk. O conceito se aplica a todos os aspectos de proteção de informações e dados. Está ainda intimamente relacionado com a tecnologia, processos, ambiente e principalmente com as pessoas.Trabalhar a segurança da informação não é uma responsabilidade da TI, mas da organização como um todo. Diversos departamentos precisam ser envolvidos: recursos humanos, financeiro, administrativo, etc.Um Service Desk precisa possuir normas, políticas e procedimentos ligados à segurança da informação, além de um código de ética, que poderão ser estabelecidos por uma orientação para a prática. A própria família da NBR ISO 27000 é considerada um código de práticas e indicada para esse fim. O catálogo de serviços, precisa ser estabelecido em conjunto com uma política de classificação da informação. Quais as informações que precisam de uma validação (autenticidade) para ser repassada? Quais as conformidades legais, em relação a salvaguarda?Vladimir Nunan é Gerente de Marketing na Lanlink. Além disso, é membro do “Field Advisory Board (FAB)”, conselho sobre Field Support do HDI no Brasil é formado pelos gestores das principais operações de Service Desk do Brasil.
Infraestrutura
Com o avanço da tecnologia de Nuvem, o que era tendência se tornou realidade: no Brasil, as ofertas dos serviços de TI em Nuvem já fazem desta tecnologia uma realidade presente dentro das empresas brasileiras. Segundo estudos realizados por Gartner, em 2017 os investimentos das empresas brasileiras em Cloud devem chegar a US$ 4,5 Bilhões, podendo atingir US$ 20 Bilhões em 2020. Este cenário despertou o interesse de grandes players do mercado de Cloud, como Amazon, Microsoft e IBM.Como já sabemos, os serviços de Nuvem são fornecidos por meio de três modelos básicos de entrega: IaaS (Infraestrutura como serviço), PaaS (Plataforma como serviço) e SaaS (Software como serviço). Destes, o IaaS é o modelo mais disseminado. Entretanto, o mercado de PaaS está em grande crescimento. À medida que esta tecnologia é aperfeiçoada, as empresas a buscam como uma maneira de ampliar a adoção mais abrangente da Nuvem e de otimizar o processo de desenvolvimento.
Os serviços de PaaS fornecem um ambiente sob demanda para desenvolvimento, teste e fornecimento de softwares, como também o gerenciamento de aplicativos. Através destes ambientes, o desenvolvedor pode criar soluções personalizadas no contexto das ferramentas de desenvolvimento que as plataformas oferecem. Assim como IaaS, PaaS inclui infraestrutura (servidores, armazenamento e rede), além de middleware, serviços de BI (business intelligence), sistemas de gerenciamento de banco de dados e muito mais. Serviços de PaaS oferecem todo o suporte necessário ao ciclo de vida do aplicativo web. Este suporte permite que a equipe de desenvolvedores faça a compilação, teste, implantação, gerenciamento e atualização dos aplicativos, sem o auxílio da TI.
Nas plataformas de PaaS, o cliente não se responsabiliza por manter o hardware: ele é responsável apenas pela interação com a plataforma. As plataformas como serviço permitem a redução de gastos com compra e gerenciamento de licenças de software, infraestrutura, middleware de aplicativo subjacente e ferramentas de desenvolvimento, dentre outros recursos. O fornecedor de PaaS é o responsável por todos os aspectos operacionais do serviço, como manutenção e gerenciamento do ciclo de vida do produto.O funcionamento de uma PaaS é simples: ela envia o aplicativo para a Nuvem através de uma interface de linha de comando, ou por uma IDE usando um plug-in. Após analisar o aplicativo, o serviço o hospeda em um contêiner de tempo de execução, que atende aos requisitos de recursos.
Para o negócio, a adoção de uma PaaS siginifca o aumento da produtividade dos desenvolvedores. A redução da complexidade, o aumento da automação e a possibilidade de reutilização de componentes são os fatores que permitem esse avanço. As PaaS também se encaixam em modelos de DevOps ao otimizar os processos de design e implantação, permitindo que os desenvolvedores controlem o processo combinado. Os aplicativos podem ser programados e implantados mais facilmente, sem que os desenvolvedores tenham que se preocupar com os sistemas de suporte, concentrando-se somente no design do aplicativo. Além de facilitar o desenvolvimento, a Paas oferece outras vantagens aos desenvolvedores:
Um exemplo bem claro disso veio da Intel: a empresa adotou, em uma prova de conceito, uma plataforma de PaaS para o desenvolvimento de suas aplicações. O retorno não poderia ser diferente: como mostrado neste artigo, o tempo de desenvolvimento chegava a 140 dias, antes da adoção de PaaS. Diversos passos do desenvolvimento saíram do patamar de meses para dias ou horas.
Fica claro o impacto positivo que o serviço de PaaS traz para as organizações. Ter flexibilidade e velocidade em um ambiente gerenciado, seguro e capaz de manter políticas de gerenciamento de riscos e de governança, é crucial para as TICs atualmente. Esta capacidade permite que as empresas reajam quase que instantaneamente às condições do mercado, e levem seus produtos e serviços para os clientes antes da concorrência, agregando poder de competitividade no mercado.
Institucional
Com muita alegria, no dia 15 de agosto conquistamos a Certificação GPTW 2017; uma certificação internacional, concedida pelo Great Place To Work Institute, com base nos feedbacks dos nossos colaboradores, que disseram sentir orgulho e felicidade por estarem e trabalharem aqui, em um ambiente agradável, leve e amistoso.Uma empresa certificada é como um profissional que possui diplomas, títulos e certificados reconhecidos, ou seja, demonstra conhecer e ser capaz de realizar certas atividades de forma competente e confiável.A Certificação GPTW corresponde a uma espécie de ISO da Gestão de Pessoas, para se certificar, é necessário que 70% (setenta por cento) dos colaboradores afirmem possuir um Excelente Ambiente de Trabalho de acordo com a metodologia Great Place to Work; ao obter esse índice, a organização é certificada, e nós obtivemos 81% (oitenta e um por cento) de satisfação do nosso time.
Uma extensa pesquisa conduzida pelo GPTW foi realizada junto ao time Lanlink no Ceará, abordando as perspectivas: Credibilidade, Respeito, Imparcialidade, Orgulho e Camaradagem. Todo o processo foi realizado com absoluta confidencialidade e apenas o Great Place to Work Institute teve acesso às respostas dos colaboradores.
Integridade, Respeito, Desenvolvimento, Compromisso, Espírito de Equipe e Clima Agradável são valores da Lanlink que ao serem exercitados no dia a dia, se transformam em algo mais profundo: uma Cultura, que aproxima e identifica as pessoas com a nossa empresa.A Certificação GPTW 2017, simboliza a confiança da nossa gente na Lanlink, e comprova que estamos trabalhando no caminho certo, proporcionando um ambiente onde pessoas felizes convivem, se desenvolvem e realizam seu potencial, crescendo e contribuindo para a sustentabilidade do nosso negócio e a satisfação dos nossos clientes.#VemPraCa #ClimaAgradavel #CertificacaoGPTW #NosSomosLanlinkO autor deste artigo, Gonçalo Prado Neto, é Diretor de Pessoas e Compliance na Lanlink.
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